"Por essas e outras que eu deveria ter sempre à mão um bloco de anotações.
Resta-me um título e um milhão de engranagens fumejantes na tentativa de recordar o fascinante diálogo que, monólogamente, criei.
...das noites insones, a inspiração."
Das viagens até aqui...
A que perdurou.
14 de março de 2011
24 de fevereiro de 2011
6 de janeiro de 2011
Carta Argumentativa?
Palmeira das Missões, 04 de janeiro de 2011.
Caros raros leitores,
Exatamente às 11:24 a.m., venho através de um lamento, comunicar-lhes que, a partir de hoje, ou deste ano, esse diário será encerrado; emperrado.
Para alguns que acompanharam a trajetória de meu mais longo eu-lírico, dos devaneios mais profundos - que nem sempre foram tão verdadeiros, porém sempre obtiveram um pouco da verdade - que foram escritos, tatuados ao longo dessas poucas páginas, o meu humilde 'Muito Obrigado'. À vocês, meu raros leitores, um saudoso adeus. Mas com um gosto de breve recomeço.
Já estou engenhando uma nova morada pro meu mais gostoso e intenso pseudônimo. E estão todos convidados a participar de nova etapa da vida do meu personagem de estimação.
Um beijo, uma dose.
Manoella Fortes Fiebig, vulgo Jackie Fucker.
Coming Soon.
Caros raros leitores,
Exatamente às 11:24 a.m., venho através de um lamento, comunicar-lhes que, a partir de hoje, ou deste ano, esse diário será encerrado; emperrado.
Para alguns que acompanharam a trajetória de meu mais longo eu-lírico, dos devaneios mais profundos - que nem sempre foram tão verdadeiros, porém sempre obtiveram um pouco da verdade - que foram escritos, tatuados ao longo dessas poucas páginas, o meu humilde 'Muito Obrigado'. À vocês, meu raros leitores, um saudoso adeus. Mas com um gosto de breve recomeço.
Já estou engenhando uma nova morada pro meu mais gostoso e intenso pseudônimo. E estão todos convidados a participar de nova etapa da vida do meu personagem de estimação.
Um beijo, uma dose.
Manoella Fortes Fiebig, vulgo Jackie Fucker.
Coming Soon.
Uma última história.
Há um bom tempo, pouco mais de um ano, resolvi que iria mudar minha vida.
Dedicaria meu tempo aos estudos, não faria mal à ninguém, não namoraria, não beberia;
Enfim, que nesse próximo tempo, eu seria um estereótipo perfeito. Estudiosa, centrada, focada.
Hoje eu percebo, que pelo quanto de experiências que passei durante esse caminho até aqui, definitivamente, minha palavra não vale um tostão.
Dedicaria meu tempo aos estudos, não faria mal à ninguém, não namoraria, não beberia;
Enfim, que nesse próximo tempo, eu seria um estereótipo perfeito. Estudiosa, centrada, focada.
Hoje eu percebo, que pelo quanto de experiências que passei durante esse caminho até aqui, definitivamente, minha palavra não vale um tostão.
spotless mind.
Minha época acabou. Eu sabia que havia nascido antes de todo o tempo, fui cronologicamente alterada. Hoje então, consumo meus dias de velhice, e das piores. Sou uma velha sem memórias, sou uma velha que foi doada a um asilo. Hoje vivo só.
Aqui, no sul da América do sul. No final de uma vida, no final de uma estrada curta demais.
A exaustão natural de uma vida não me convém, a verdade é que cheguei aqui rápido demais, porém sem esforço algum. Fiz algumas promessas, fui do céu ao inferno por minha maldita boca. Hoje sinto o gosto agridoce de minha própria sina.
E meus sonhos? Seria melhor caracterizá-los como devaneios, pensamentos escuros escondidos no fundo de uma mente. “Uma mente sem lembranças”.
Não, eu não te apaguei de meu mundo. Apenas és escuro, no fundo. Jamais seria capaz de esquecer calor tão intenso, dias gélidos, e as pessoas, todas imunes, paradas vendo o vento que nos envolvia, numa calçada. Num lugar de minha cabeça.
Fiz desses dias meu diário. Hoje escrevo nele periódicamente, e é por isso que ele existe. Um diário cujo eu-lírico já morreu pro mundo. Hoje vivo só, no fim da estrada, e sem memória alguma.
Quem sabe um dia, antes de adormecer pra sempre, eu leia todos meus dias, que estão incluídos nesse livro, nessa arte fajuta proveniente do mais lindo devaneio. O amor escrito; remetido; inspirado; aspirado.
Aqui, no sul da América do sul. No final de uma vida, no final de uma estrada curta demais.
A exaustão natural de uma vida não me convém, a verdade é que cheguei aqui rápido demais, porém sem esforço algum. Fiz algumas promessas, fui do céu ao inferno por minha maldita boca. Hoje sinto o gosto agridoce de minha própria sina.
E meus sonhos? Seria melhor caracterizá-los como devaneios, pensamentos escuros escondidos no fundo de uma mente. “Uma mente sem lembranças”.
Não, eu não te apaguei de meu mundo. Apenas és escuro, no fundo. Jamais seria capaz de esquecer calor tão intenso, dias gélidos, e as pessoas, todas imunes, paradas vendo o vento que nos envolvia, numa calçada. Num lugar de minha cabeça.
Fiz desses dias meu diário. Hoje escrevo nele periódicamente, e é por isso que ele existe. Um diário cujo eu-lírico já morreu pro mundo. Hoje vivo só, no fim da estrada, e sem memória alguma.
Quem sabe um dia, antes de adormecer pra sempre, eu leia todos meus dias, que estão incluídos nesse livro, nessa arte fajuta proveniente do mais lindo devaneio. O amor escrito; remetido; inspirado; aspirado.
Aí vimos que nada se havia se findado. Todos sabiam exatamente aonde almejávamos chegar. Talvez nós nos perdêssemos no caminho. O que não seria de todo mal.
Iríamos fazer sinal de fumaça. Beberíamos de nosso líquido.
Gritaríamos para escutar o eco infinito, pois nós estaríamos presos à nossa fuga. Seríamos, e seríamos esquecidos.
Sabe, faríamos a diferença e um dia morreríamos. Mas pelo contrário, descobri pessoas imortais no escuro, infalíveis. Nunca deixaram pista alguma pelo trajeto.
Nunca iriam nos encontrar, nem nós mesmos. De olhos fechados, de mente aberta (Leslie).
Seríamos nosso reino e aquilo tudo, um fruto semelhante à nossa idéia de perfeição.
Se por acaso, uma treva ou um raio interferirem no caminho, vamos correr.
Ninguém no mundo deve fugir. Apenas do medo.
Correr pra longe, espiar buracos. Cavar fechaduras.
E, caso aconteça, ao longo do caminho, de esbarrar em cristais pesados, faça-os artifícios de uma vida que valeu a pena. Tire fotos com a claridade, e para o breu da noite, reserve o mais afrodisíaco dos pensamentos.
Empinar pipas, brincar de bolhas, jogar uma bola colorida para o alto.
Aliás, jogaríamos durante nossa vida muitas bolas pro alto. Bolas de salário, de empregos, de chefes mandões e rotina de trabalho.
Jogaria como bolas coloridas também o descaso e a comodidade. Vá-se longe, sonhe ao máximo.
Nós sonharíamos tanto, que perderíamos muito tempo dormindo. Mas porque a ressaca não perdoa ninguém.
Compre camisas listradas, chinelos de dedo, mostre os pés às águas. Que, ainda por cima, elas um dia, viriam a lavar nossa alma.
Nós nos atiraríamos dentro d’água como se soubéssemos nadar. Filhos de Poseidon, filhos de uma harmonia cristalina. Iríamos onde jamais outro humano foi, pisou, nadou.
Nadaríamos pelos mares, navegaríamos pela internet.
Seríamos descendentes de nossa geração. Talvez de descendência negra, ovelhas negras.
Regurgitaríamos a bile como se fosse a saliva aglomerada em forma de cuspe. Vomitaríamos os problemas.
E que nos chamassem de depravados. Seríamos isso mesmo.
Não estaríamos presos ao sistema, nem ao que pra todos - acha-se - que é necessário.
Na verdade, nossa única prisão seria a nossa mente aberta demais. Nossa sede de viver.
Nossa sina. Freedom!
Iríamos fazer sinal de fumaça. Beberíamos de nosso líquido.
Gritaríamos para escutar o eco infinito, pois nós estaríamos presos à nossa fuga. Seríamos, e seríamos esquecidos.
Sabe, faríamos a diferença e um dia morreríamos. Mas pelo contrário, descobri pessoas imortais no escuro, infalíveis. Nunca deixaram pista alguma pelo trajeto.
Nunca iriam nos encontrar, nem nós mesmos. De olhos fechados, de mente aberta (Leslie).
Seríamos nosso reino e aquilo tudo, um fruto semelhante à nossa idéia de perfeição.
Se por acaso, uma treva ou um raio interferirem no caminho, vamos correr.
Ninguém no mundo deve fugir. Apenas do medo.
Correr pra longe, espiar buracos. Cavar fechaduras.
E, caso aconteça, ao longo do caminho, de esbarrar em cristais pesados, faça-os artifícios de uma vida que valeu a pena. Tire fotos com a claridade, e para o breu da noite, reserve o mais afrodisíaco dos pensamentos.
Empinar pipas, brincar de bolhas, jogar uma bola colorida para o alto.
Aliás, jogaríamos durante nossa vida muitas bolas pro alto. Bolas de salário, de empregos, de chefes mandões e rotina de trabalho.
Jogaria como bolas coloridas também o descaso e a comodidade. Vá-se longe, sonhe ao máximo.
Nós sonharíamos tanto, que perderíamos muito tempo dormindo. Mas porque a ressaca não perdoa ninguém.
Compre camisas listradas, chinelos de dedo, mostre os pés às águas. Que, ainda por cima, elas um dia, viriam a lavar nossa alma.
Nós nos atiraríamos dentro d’água como se soubéssemos nadar. Filhos de Poseidon, filhos de uma harmonia cristalina. Iríamos onde jamais outro humano foi, pisou, nadou.
Nadaríamos pelos mares, navegaríamos pela internet.
Seríamos descendentes de nossa geração. Talvez de descendência negra, ovelhas negras.
Regurgitaríamos a bile como se fosse a saliva aglomerada em forma de cuspe. Vomitaríamos os problemas.
E que nos chamassem de depravados. Seríamos isso mesmo.
Não estaríamos presos ao sistema, nem ao que pra todos - acha-se - que é necessário.
Na verdade, nossa única prisão seria a nossa mente aberta demais. Nossa sede de viver.
Nossa sina. Freedom!
28 de novembro de 2010
without you
Porém, de vez em quando, quando te vejo indo embora...
Bem, me vejo chegando de mãos vazias, subindo o degrau com a mesma cara de alguns dias atrás. Vazia. Talvez leviana, sem nenhuma bagagem com decência, com excelência.
À boca, um gosto insosso, a falta do que apalpar é instantânea. E, ao adentrar à mesma casa, o desprezo à minha falta de possibilidades, contra meu tão mau inimigo, se contrai. Meu peito aperta, meu ar falta. Meu sufoco.
Minha necessidade de parar o que está andando, já longe de mim, se torna uma cruel fadiga.
Eis então que encontro minhas mão vazias.
Vazias de ti;
Bem, me vejo chegando de mãos vazias, subindo o degrau com a mesma cara de alguns dias atrás. Vazia. Talvez leviana, sem nenhuma bagagem com decência, com excelência.
À boca, um gosto insosso, a falta do que apalpar é instantânea. E, ao adentrar à mesma casa, o desprezo à minha falta de possibilidades, contra meu tão mau inimigo, se contrai. Meu peito aperta, meu ar falta. Meu sufoco.
Minha necessidade de parar o que está andando, já longe de mim, se torna uma cruel fadiga.
Eis então que encontro minhas mão vazias.
Vazias de ti;
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