17 de outubro de 2009

more than words ?


Um diário não é uma tão má ideia assim.
Como nunca havia tido uma daquelas agendinhas, onde as meninas sempre constumavam escrever sobre seu dia, seu novo amor, sua primeira unha quebrada e todas as transformações que marcaram as suas respectivas vidas - tais ações que eu nunca tive interesse algum em relatar - resolvi criar, depois de mil anos luz de vivências contínuas, um modelo primitivo intelectual onde eu relataria todos os meus dias.
Primitivo pelo fato de se conter tanta coisa clichê, passada; e por ser baseado num estereótipo juvenil dos anos passados, the diary.
Intelectual pelo fato de eu poder usufruir de recursos novos, além de eu estar relatando quase em tempo real todas as novidades, sejam elas físicas ou 'gasosas'. Novidades pegas no ar, ou apenas novidades em forma de sentimento.
Escrever sobre meu dia, creio, que seja uma forma de não esquecer jamais tudo o que passo, sinto, e toda a minha evolução relacionada aos fatos decorrentes e, sucessivamente, descritos aqui.
Ajuda-me a reconhecer os dias, repreende-los e corrigi-los sob sua forma natural.
Pode parecer uma regressão, mas sim, eu estou cultivando a antiga arte do diário da meia-noite.
Talvez em ordem cronológica não se encaixe perfeitamente, e talvez materialmente também não, pois utilizo-me dessa arte durante minhas tardes entediantes, e escrevo com as duas mãos, em um formato de papel muito tecnológico, não preencho páginas, e sim, sistemas, html's, páginas com códigos imensos (os quais talvez nem eu tome conhecmento).
Quem sabe eu esteja recriando tradições, ou então fazendo com que tudo ao meu redor seja fixado num conjunto numeroso de caracteres anexos nesse link.

A tarefa desse diário é, única e exclusivamente, descarregar todo o material, espesso e denso, de minha mente. Recicla-lo, talvez. Mas, acima de tudo, mantê-lo, por mais que eu não queira, vivo em alguma das inúmeras páginas que ainda irei completar, desse emaranhado de palavras soltas em que desconto toda a minha felicidade, meu amor e meu cotidiano.
Meu diário de vivências, (in)sensatas e sentidas, diárias.

E novamente, um fim. ;@

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