30 de julho de 2010

O céu me diz muitas coisas, no entanto, há tempos não tiro um tempinho pra falar com ele. O prefiro quando o escuro o torna noite, mas nos últimos dias ele anda carrancudo, nebuloso; ou então o frio me impede de ir visitar a escuridão ali fora, depois dos limites da minha janela.
O céu já me avisou do futuro, e eu aprendi a crer nas suas profecias.
Um dia, naquele clarão de um respeitável dia de verão, o céu me disse que eu enfrentaria tempos difíceis. E eu não acreditei.
Você sabe, é mais fácil acreditar naquilo que melhor nos agrada.
Paguei pelo meu pecado, e minha penitência foi justa. Por não dar ouvidos aos sinais vindos lá de cima, hoje carrego grande tristeza em meu olhar, e me sinto mal por não poder falar.
Talvez Deus tenha me dado o dom da escrita, e quem sabe eu tenha aprendido a falar o que sinto por meio das mãos. Se não sabem descrever meus olhos, ou nunca prestaram-se para ler meus queixumes, nunca saberão o que realmente se passa aqui, imerso em minha pele.
Enfim, o céu já me pregou peças e acredite, ele sempre estava certo.
Dias de vento são dias de tristeza?

Então dias de céu, são o quê?

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