
Um anjo, talvez?
Uma vida separada em duas, pelo simples motivo de existir uma pessoa que a fizesse mudar completamente.
Entendo hoje, pois, cada motivo pelo qual minha vida passou a ser bifásica.
Alguns sentidos poderiam ser dados à essa mudança, o amor, a ganância e a ambição, ou então a amizade. O que me levou a prestar mais atenção no meu circulo social.
Algumas pessoas passaram por mim, algumas cumprimentaram e o singelo som da suas vozes, ecoava as reais intenções para comigo. Cheguei a observar apenas os olhos, e eles desmentiam todas as omissões de quem se dirigia à mim.
Porém, numa dessas reuniões de lentes, conheci um par de olhos tão claros, e tão escuros, que, mesmo tendo suas volúveis alterações na cor, permanecia sempre com a mesma expressão. Curiosidade.
A volubilidade desses olhos mudou à medida em que fomos nos conhecendo, e nos relacionando frequente e intensamente.
Mudou pra confiança.
Construimos juntos caminhos, expectativas.
Meus olhos de sabedoria, e seus olhos de preocupação completaram-se quando juntos, formaram um par de pares, onde a única certeza que tínhamos, era a amizade.
Esses olhos riram comigo e choraram pra mim, e me viram chorando. E me viram; triste, alegre, infeliz. Ou tanto faz. Apenas me viram ali.
E eu sempre a olharei, estarei espiando seus passos e agradecendo por um dia, ter cruzado o caminho de tua dimensão, de tua periferia, de tua tão volúvel visão.
amo você, thuísa dos meus olhos.
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