26 de abril de 2010

Escuto aos fones a música das profecias. Não, não estou falando daquela cultura Cherokee que tanto me envolveu nos últimos dias. Nada de Raven Mokers, de Tsi Sgili nem Kalona. Escuto apenas as músicas, as culturas que colo ao meu currículo. Eu sinto a anestesia tomar conta do espaço, das formas moribundas do dia lá fora. Eu consigo tocar e esbanjar o ar ao meu redor, apenas por escutar algo que me fala sobre meu mais ardente desejo. Liberdade.

Liberdade é o meu sonho, é a independência, a autonomia, a evolução.
Minha sina é acarretar experiências e, principalmente, usá-las pra algum fim, algum projeto.
Sinto-me feliz por saber que quando estiver sozinha, estarei conquistando o que quero, e a solidão momentânea frequente me parece um bom preço à se pagar.
Sonhos têm seus valores, e alguns são psicologicamente desgastantes.
Minha visão futurística, minhas aspirações para os próximos dias, e para os anos que estão a vir, é, incessantemente, sonhadora.
Não posso ver o futuro sem liberdade, ou sem sonhos para o dia sucessivo a esse futuro.
Eu continuo nesse cativeiro, e enfrentando o futuro com os mesmos olhos.
Olhos de dias melhores, de preocupação desinteressada, de felicidade sem motivo.
Porquê ainda sorrio, quando um mundo inteiro lá fora está pronto pra comer minhas noites bem dormidas?

Eu sei ser repetitiva. Talvez o mundo conspire pra mim, talvez eu seja mesmo a independência.

Um comentário:

Ezequiel Moura disse...

Saudades minha amiga...Qum dera os outros se importassem em devorar as tuas noites mal dormidas....Abraço