7 de outubro de 2009

tudo é sempre igual.

Se um dia esse blog se torne publicamente popular, talvez eu comece a escrever algo realmente interessante. Digo, textos com conteúdo específico, e não falarei sobre mim, tampouco sobre oque sinto.
Só me sinto bem escrevendo isso, pois sei que são mínimas as pessoas que perdem o tempo lendo esses posts. Ainda bem que alguns leem. Essa é, certamente, a melhor forma de entender oque tenho no interior de toda essa pele frágil.
Posso parecer até mesmo a pessoa mais triste desse lugar. Esse lugar habitado apenas por mim, e mais alguns humildes, insanos e persistentes terceiros.
Talvez por ser apenas o meu lugar, eu sinta a vontade e a necessidade de expor apenas aquilo que não me faz melhor. Essa é a melhor maneira de conhecer meu lado sombrio.
É aqui que todos os fatores reversos à mim mesma serão relatados. A minha tristeza, o ócio, a chuva, a persistência das lágrimas, não querendo cair.
Deixando bem claro que minha vida não se resume à isso, e ainda bem.
A tristeza que inundou, e sempre vai inundar meu psicológico, é pura e exclusivamente obscura, e jamais, jamais é trasmitida aos outros.
Uma das melhores características que eu encontro em mim mesma, é essa. Não deixar que os meus (inúteis) sentimentos (fúteis) sejam transmitidos aos outros. /oque dá às pessoas a impressão de fria e calculista. fato*
Essa virtude me traz um bem imenso, gosto de fazer com que o ambiente, e com que as pessoas que estão nele, estejam, sincronicamente, harmonizadas.
Ouso porém, escrever-lhes sempre. Creio que seja essa a forma de descarregar todas as drogas que sinto.
Não costumo falar sobre isso, a voz falha, as palavras não sabem ordem verbal, qualquer coisa é melhor doque ter que FALAR.
Escrever se tornou meu vício. Não me preocupando com nenhum sentido literário, nem me importando com a disposição correta, não dissertando, não revisando. Apenas escrevendo.
Digitando todas as palavras com a maior precisão e rapidez, cujo aspecto tenho pontos à meu favor.
Consigo expressar oque estou pensando em tempo real, e isso me traz benefícios.
Benefícios porquê, de certa forma, descarrego todos meus receios, toda a angústia que toma conta de algo.

Preciso continuar escrevendo, e talvez seja por isso que meus textos se tornem repetitivos.
Meus dias monótonos, recíprocos um para com os outros.
Tudo igual.
Textos com o mesmo sentido, as mesmas reclamações, os mesmo sentimentos, as mesmas futilidades, as mesmas palavras, vírgulas, pontos e ideias.
Tudo igual.
Tão, exatamente igual, que já acostumei. Já faz parte de mim cada palavra, cada imagem, cada circunstância em que se encontram meus textos. Minhas memórias.
Não sei afirmar nada além do passado. Passado é todo certo, por mais nebuloso e incorreto. O passado é previsível, o passado passou e apenas se foi.
Amanhã todos esses sentimentos se renovarão, e tenho certeza que serão exatamente iguais aos de hoje, de ontem, e de tantos outros dias, #dopassado.
Talvez oque eu sentirei daqui uma semana, seja a mesma triste sina.
Tanto faz.

Só queria o perdão de cada pedaço meu. Queria o verdadeiro perdão perante essas futilidades pelas quais insisto relatar, repetidas vezes, todos os dias.
Perdão por ser tão fraca, a ponto de sentir qualquer coisa.
Perdão por não ser, quem eu realmente apresento ser.

Perdão por tudo que carece de minhas desculpas.
E obrigada, por eu sempre ter sido a pessoa mais maravilhosa que eu, decidamente, conheço.
/nada de individual, apenas hoje, confesso que conheço-me melhor doque qualquer outra pessoa, e reconheço que esses sentimentos, todos, são totalmente dispensáveis. Pois sei viver muito bem, e melhor, sem eles.
Sei viver, e não me importo com eles quando estou viva.
Apenas me importo, quando morro nesse quarto remoto, remoto de todo o mundo e de toda a vida lá fora.

Mais um, tristonho e recalcado, final. :*

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