28 de setembro de 2009

nada pra sentir ♪


Toda vez que começo algo, começo errando.
Já é de praxe, meu praxe, errar, ou destruir tudo que construo com sinceridade.
O meu passado acaba interferindo em tudo que tento fazer. Em cada passar de minuto, em cada canto, cada calçada. Em todo lugar e em todo meu ser, existe apenas algumas certezas...e a principal delas, o passado.
Passado certo, exato, vivido.
Aquilo que ainda não consegui enterrar e que atormenta meus dias, minhas noites, minhas atitudes e meus sonhos. Aquele sabor que inunda minha boca, aquele perfume nostálgico que envolve toda a sequência de minha pele, aquela vida que já conquistei. Aquilo tudo que ficou pra trás, inacabado, mal-acabado.
Batendo nas teclas que já não digitam palavras, teclas que não ouvem vozes, tampouco descrevem sentimentos. Escutando o silêncio que não permite-se sair de minha mente. Alimentando-me apenas de tudo aquilo que vivi.
Minha melhor vida, diga-se de passagem. Minha melhor parte, a melhor esperança. A melhor sensação. A plenitude. O completo.

Vivi minha vida em dias, resumi minha felicidade em momentos.
Como não saí gritando alto, para que todos soubessem que aqueles dias, valeram minha vida?
Como não aproveitei mais?
Talvez não tivesse como aproveitar tão demasiadamente, eu fiz de tudo. Eu consegui a plenitude em tudo que toquei.
Naqueles dias...
Apenas naqueles dias.

Após isso, a nostalgia tomou conta das lembranças, a distância aumentou, e a verdade tão absoluta daquelas recordações, não deixaram que aquilo fosse, tão simplesmente, apagado.
Foram difíceis os dias que passei só, e só continuei.
Talvez só ainda esteja. Mas não por falta de tentativas. Tentativas falhas.

Comecei errando, quando quis encontrar em outras pessoas, oque até então, eu havia encontrado somente em uma. (e eu sabia que jamais iria encontrá-la em outras faces, corpos ou mentes)
Comecei errando, quando deixei que meu próprio bem-estar enganasse as pessoas que acabei, realmente, gostando. Porém, iludindo.
Comecei errando, quando nas horas exatas, eu tive que admitir a verdade, e ver, novamente, as pessoas que considerei - em qualquer forma - irem embora.
Comecei errando, quando resolvi escrever tudo que sinto.
Comecei errando porque, mesmo que eu tente, eu jamais tive a real vontade de tirar as lembranças da mente, e o amor que senti, e sinto, de meu coração.

I'm sorry.

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