Ela queria mostrar pra todos que aquela capa não era oque lhe definia.
Ela queria que todos a vissem, como ela mesma se via, em frente àquele espelho velho e quebrado nas laterais.
Ela queria um mundo com cores, com explicações, e não perguntas; perguntas que surgiam a cada instante, a cada passo que a garota dava até o futuro.
Aquela porta constante, pela qual todos passávamos, a todo momento.
Talvez ela quizesse, de fato, permanecer congelada, intacta, pra quando o inverno voltasse, e solidificasse suas lágrimas, ou que, com a chegada do frio, a saudade que ardia em seu peito, viesse a derreter.
Talvez às pessoas tinham receio quando deparavam-se com aquela roupa preta, aquele capuz imenso, o qual tinha a missão de esconder seu rosto. A face da desesperança, do desapego, e, principalmente, da morte.
As pessoas nunca entenderiam, e era aceitável a repulsa que elas tinham quando se falava nela.
Ela apenas queria ver o mundo, novamente. Ela queria ser normal, mas convivia diariamente com a missão de levar consigo o pranto, a alma, o corpo, a vida de quem cruzasse por seu caminho.
Era difícil conviver com toda a sua sina. Com sua expressão invisível ela seguia seu rumo, sempre descontente com oque foi imposto à ela, logo no início dos tempos.
Missão mais difícil porém, era ver o sofrimento das pessoas que ficavam pra trás.
Eu juro, eu sei, ela não queria causar catástrofes.
Ela queria uma mundo de cores.
Talvez suas atitudes fizessem com que as pessoas acreditassem, de fato, de que ela era o pior em torno de toda a questão 'VIVER'.
Viver para morrer. Esse seria o ápice da vida.
Um dia todos encontrariam com ela, por maiores que fossem as vossas façanhas, as vossas histórias. Todos haviam imbutido em seu destino, esse encontro.
Talvez ele fosse um conforto pra uns, dor pra outros. Mas esse seria o encontro.
O final de tudo, sem amor, sem luz, sem vida, sem cores.
E ela queria apenas, um mundo de cores.
@ameninaqueroubavalivros&quandoeuentrarnasuavidaT.B.
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