30 de agosto de 2009

Sobre oque eu senti ontem à noite.

Eu gostaria de rasurar alguns sentimentos. Colocá-los em ordem correta, ou então excluí-los.
Porém penso nas consequências sucessivas à isso.
Eu estaria apagando parte de minha vida, vida essa, que foi regida por inúmeros sentimentos e sensações. Sem elas, nada disso teria algum sentido aqui, hoje.
As lembranças que ficam vagando em minha mente, seriam pó, ou migalhas de uma vida não tão perturbada assim, mas uma vida submetida demais à determinadas imposições. Imposições que até mesmo eu, impus à mim mesma.
Eu mudaria essas regras que me conduziram em demasia ao dia de hoje, ou à noite de ontem.
Restauraria algumas viajens, aproveitaria melhor o meu tempo junto à elas.
Aproveitaria também melhor, os meu amigos, ooh, fiéis companheiros, parceiros e lunáticos.
Amigos que também se deixaram passar por essas mudanças, seja quais foram seus motivos, foram afetados por algum tipo de revolução.
O nome disso tudo deveria ser revolução. Ebulição de novidades.
Novidades que podem ser péssimas, ou melhores.
Elas que irão determinar o futuro. Quem sabe?!
Mas oque eu realmente queria que sofresse um ato novo, é o sentimento de amar.
Amar você ama seus amigos, amar, ama sua família. Porém amar... amar com todo o coração, com toda a disponibilidade, com toda a sinceridade, alguém do sexo oposto à quem você simplesmente daria tudo pra estar uma fração de segundo perto.
Esse amor engana, ameniza situações.
Mas gera saudade, nostalgia quando se está longe. Longe demais, longe dos meus limites.
Ontem, enquanto eu curtia aquela festinha confortável, num ambiente familiar, rodeada das melhores pessoas, - daquele tipo de amor diferente dos que vos falo agora - ao sentar-me sob um murinho, olhando o céu e escutando à uma música, que agora não sei quem cantava, se eram as estrelas que brilhavam sem parar, e enchiam meus olhos de luz; se era minha mente que emitia sons e comunicava ao resto do meu corpo, que ao invés de dançar, estremecia-se; ou se era aquele rádio, o que seria mais provável... pois bem, ao escutar aquela canção triste, deixei-me levar por esse sentimento [ tristeza, outro sentimento que eu também tiraria de certas lembranças minhas ], peguei-me pensando sobre tudo oque passamos juntos. Ou ao menos, por aquelas semanas quentes das férias, me transportei pra ti, e senti teus braços, tuas mãos segurando as minhas, nos levando pra algum lugar melhor.
Lembrei-me das palavras que dissemos, e dos lugares por onde passamos. Que merda, eu não deveria lembrar disso... já faz tanto tempo. Ninguém mais lembra. Eu não deveria, lembrar... querer.
Talvez aqueles dias tenham sido os melhores da minha vida. Aqueles braços que me envolviam, jamais deveriam terem sido abertos, e eu jamais deveria tê-lo deixado ir embora, afastando primeiro fisicamente, depois, quando seus olhos já nao viam os meus, os sentimentos se foram, os momentos ficaram congelados nas lembranças. Que talvez você tenha feito questão de apagar.

Mas a noite de ontem, me recordou especialmente aquela noite. As estrelas estavam no mesmo lugar, o céu tinha o mesmo tom, as pessoas não eram as mesmas, mas parecia tudo exatamente igual. Tudo no seu devido lugar. O lugar perfeito, aconchegante; no coração.
Só que agora você não estava comigo, estava distante, imperfeito, obscuro, incerto.
Eu já não estava mais lá, entretanto minhas lembranças e sentimentos ainda vivem por aqui, contigo.

sucker love =@

Um comentário:

Mariana Becker disse...

Eu me liguei em cada palavra e cada lembrança escolhida... É a vida... Os astros não conspiram a nosso favor, amiga.