Porque aqueles eram assim, ela também deveria ser. Ela revidava, tentava converter o pensamento totalmente antiquado daqueles que a estavam tentando subordinar. Tentava, porém, encontravam-se aqueles, inalteráveis.

Refugiou-se no escuro de seu quarto, a porta fechada, e apenas o barulho de suas lágrimas, que, naquela noite, faziam uma algazarra em seu rosto, caiam em seu colchão fazendo mares de água realmente salgada. Procurava não fazer barulho algum, para que não percebessem sua fraqueza, porém, suas lágrimas tomaram conta daquele lugar, chamando os olhos curiosos para onde ela se encontrava.
Saiu sem rumo até onde estavam aqueles maus. Eles apenas a olharam, alguns disseram algumas palavras que ela não conseguiu ouvir, ou talvez tenha ouvido tão perfeitamente, que fez questão de ignorar seu significado.
Ela desceu aquelas escadas, e me lembro bem de seu rosto. Mesmo não conseguindo vê-lo, eu sabia que aquelas expressões não eram apenas suicidas.
Porque eu conhecia aquela face, e tinha conhecimento daqueles sentimentos também. Eu já vivera tudo aquilo, e tudo repetia-se, em todos os lugares.
Eu sabia que apartir dalí, ela nunca mais se sentiria só.
Eu também sabia oque ela procurava após aqueles intermináveis degrais, e eu iria proporcionar àquela peça que descia lenta e tristemente, em direção à lugar algum, alguma coisa que fizesse sentido, sucessivamente.
Os maus lhe cortaram os pulsos, os maus lhe fizeram morrer. Agora meu dever era devolvê-la a vida.
E assim a fiz...
(22/07/2009) =@
/bem sem nexo, I KNOW!
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